No final do ano, além da divulgação da data de estreia de Evangelion 3.0+1.0 para 27 de Junho de 2020, outro assunto que apareceu na internet no apagar das luzes de 2019 foi uma entrevista de Hideaki Anno para a Diamond Online. Nela, Anno detalha sobre as circunstâncias em que ele cortou os laços com a Gainax.
O usuário Yohei do twitter fez uma thread com uma rápida tradução da entrevista e o Nintakun compilou tudo no Medium que gentilmente me autorizaram a postar aqui.
*Caso queira conhecer a história da Gainax o EVABR
tem um especial em 4 partes que contado seu surgimento
até os dias atuais: Parte 1 – Parte 2 – Parte 3 – Parte 4
O indivíduo preso no incidente da Gainax não tem relação alguma com Eva.
Alguém que eu sequer conhecia ou havia trabalhado acabou virando presidente do estúdio de animação Gainax, onde eu trabalhei. E então, saíram notícias de que ele era suspeito de um crime.
Antes de tudo, eu quero prestar meus sentimentos do fundo do meu coração a todos aos envolvidos nos danos causados neste incidente. Eu acho extremamente triste que a empresa que eu mesmo ajudei a fundar, onde trabalhei por anos e até fui diretor executivo por um tempo, ser noticiada dessa maneira.
A Gainax foi originalmente criada em 1984 para criar o filme “Royal Space Force: Wings of Honneamise”.
Nessa época, eu valorizava a supremacia da obra e considerava administração e produção dois lados de uma antinomia. Por isso, mesmo sendo funcionário da empresa, eu não tinha nenhum envolvimento com a administração e só me concentrava em criar nossas obras.
A Gainax daquela época priorizava a qualidade das obras, então para nós, criadores, era o estúdio ideal. Pensando agora, acho que nos faltava a habilidade de controlar custos. O foco em criatividade, no ambiente de trabalho era algo planejado desde a sua criação.
Nós continuamos produzindo numa corda bamba entre lucro e despesas até 1995 quando o anime “Neon Genesis Evangelion”, que criamos na Gainax, virou um hit.
Estávamos ganhando dinheiro como nunca e a empresa estava lucrando como nunca. Então, é natural que as pessoas pensem que foi aí que o equilíbrio na Gainax começou a se desfazer e avançar numa direção estranha e que 20 e tantos anos depois se tornou “a empresa cujo presidente foi suspeito de cometer um crime”.
Várias reportagens usaram o nome “Evangelion” neste incidente. É uma jogada de marketing usar o nome de uma obra famosa para atrair mais atenção. Porém o indivíduo preso entrou na Gainax há poucos anos e não teve contato algum com Evangelion.
Não só isso, não tem uma pessoa sequer na Gainax atualmente que participou da produção de EVA.
Neste relatório, venho fortemente protestar em nome dos criadores.
Quero protestar contra essas reportagens em nome dos criadores.
A empresa responsável por EVA atualmente é a Khara, cujo presidente sou eu. Se você só noticia como “Presidente da empresa que criou Eva é preso”, teve gente achando que eu tinha sido preso. Essas notícias levaram várias pessoas a acharam que este caso e Eva estivessem conectados de alguma forma.
Em nome dos criadores, eu quero protestar às notícias que querem criar enganos como “é fato que a Gainax produziu Eva então não é exatamente mentira”.
Realmente tivemos projetos, já decididos, relacionados a Evangelion cancelados ou nossos trabalhadores afetados pelas reportagens. Até hoje, mesmo que pessoas falassem algo que não fosse verdade, eu me mantinha calado.
No entanto, deixar essas notícias vagas fez com que nossa obra de mais de 20 anos atrás continue sendo associada à Gainax atual, criando essa situação. Como presidente da Khara, e diretor e escritor de Evangelion, eu tenho a responsabilidade de proteger minha obra e funcionários.
Então, eu também estou desejando que pessoas não usem mais o nome da Gainax e Evangelion dessa forma, que não envolvam mais as pessoas e organizações. O prefácio acabou ficando longo, mas quero aproveitar para deixar escrito o que me levou a deixar a Gainax até criar a Khara.
Gainax: de lar criativo a companhia adversária.
Originalmente, eu não pretendia fazer Neon Genesis Evangelion na Gainax, mas sim em outra empresa, a King Records, que foi nossa principal patrocinadora e também queria isso. Mas eu também queria mostrar respeito ao lugar onde eu trabalhei.
Quando eu conversei com o então presidente, Takeshi Sawamura, ele respondeu que queria que fosse feito com eles, e decidi que faria Evangelion na Gainax.
Porém, na época era impossível para Gainax criar uma série de TV sozinha, então contamos com o apoio de outras empresas.
O resultado é que, felizmente Evangelion foi um sucesso e a empresa, que antes estava considerando fechar as portas, começou a ganhar dinheiro como nunca.
Eu digo “ganhar dinheiro” mas como a Gainax não havia investido na produção devido a uma decisão do setor administrativo, o retorno inicial foi apenas devido ao meu script e direção. Isso também foi devido à bondade da King Records. Eu consultei a empresa sobre o pagamento inicial, e restringimos a divisão aos funcionários principais, que se esforçaram e aceitaram trabalhar por um contrato barato.
Enquanto isso, parece que a Gainax mesmo estava lucrando bastante com a venda de CDs e jogos de Evangelion. Eu digo “parece que” porque, como eu mencionei antes, não estava envolvido na administração então não sabia muito sobre essa parte.
Por causa de EVA, a empresa continuou lucrando como nunca antes previsto.
Normalização de desperdícios e evasão fiscal.
Foi por aqui que se normalizou o desperdício em toda Gainax, ignorando gastos e sem um plano de negócios. Em 1997, o comitê de produção de Eva se mudou para o setor de produtos da Gainax e começou a receber uma parte dos pagamentos, aumentando o lucro da Gainax por EVA.
Porém, vários projetos e negócios acabaram sem lucro, mesmo investindo grande parte do dinheiro nos funcionários. Os responsáveis e a administração não aprendiam, não importa quantas vezes falassem. Ninguém se importava porque havia dinheiro.
Mesmo nessa situação, quase não houveram restrições aos funcionários que mais sofreram durante a produção.
Claro, eu não me importo que outros departamentos usem o nome de EVA pra lucrar ou usem esse dinheiro neles mesmos. No entanto, nessa época, lembro de nossos gastos ultrapassarem a receita e a administração da empresa Gainax estar mudando para uma que ignorava o fato de que objetivamente era Eva que trazia dinheiro à empresa e continuavam usando Eva.
Em 1999, Gainax estava crescendo num ritmo exorbitante com o lucro dos jogos e outros produtos depois que Eva foi transmitido, o então presidente Sawamura causou um incidente ao sonegar altos valores em imposto.
Eu fazia parte da empresa como diretor, então também fui chamado até a TV Tokyo, que transmitia Eva, para me desculpar. Mas como eu não estava envolvido na administração, eu só fui saber desse incidente por histórias depois do ocorrido.
Depois que Sawamura resignou pela sonegação, outro diretor executivo, Hiroyuki Yamaga, herdou o posto de presidente. Ele me disse “se eu não botar você como diretor executivo, ninguém vai confiar em mim. Pode ser só no nome, mas por favor” e eu aceitei, dizendo “eu não tenho interesse nenhum na administração mas se for só no nome tudo bem”.
Mas o efeito Eva não ia durar para sempre. Mas o “overtrading” continuou e eventualmente a administração começou a se desequilibrar, a ponto de que todo mês diziam “vai faltar mês que vem”. Acho que foi em 2003 ou 2004. E foi então a primeira vez que eu fiz algo que um diretor executivo faria: conferi todos os números e dados internos da empresa e os resultados me surpreenderam.
Por exemplo, havia uma disparidade entre os salários, pessoas que mal trabalhavam continuavam sendo pagas. Eu lembro de ficar estupefato com o salário de um funcionário que não estava contribuindo ser maior que o de alguém que deu duro pra fazer Eva.
Desde que eu comecei a trabalhar e até depois de sair da empresa, eu empurrava uma melhora de salários e sistema interno para a administração, mas ninguém me dava ouvidos.
A produção dos filmes de Evangelion e razões para não ter escolhido a Gainax
A administração da Gainax, que já tinha ficado em apuros diversas vezes foi abordada por 2 grandes empresas para produzir Pachinko em 2004 e recuperou o dinheiro e, com isso, seu hábito de desperdício. O setor administrativo continuou com novos negócios sem futuro, enquanto continuava mantendo outros mesmo sem condições.
Quando minhas opiniões começaram a ser ignoradas em reuniões e eu não sentia mais motivos para ser um diretor executivo, eu parei meu próximo projeto no qual eu trabalhava para fazer Evangelion mais uma vez. Mesmo que eu pense em criar um novo projeto, não seria nada mais que um epígono de Eva. Então se eu fizer Evangelion mais uma vez, como um filme, não seria melhor pra indústria da animação e para mim?
Para esse novo filme de Evangelion, eu não escolhi a Gainax como estúdio.
Haviam vários motivos para isso, é difícil criar um novo ambiente no mesmo estúdio de antes, e a Gainax estava planejando outra série de TV. Se eu estivesse no estúdio a segunda leva de funcionários ia ficar contida, mas o maior motivo era que eu queria gerenciar o custo de produção, funcionários, benefícios e dar o retorno devido. Para isso, eu criei a empresa Khara pra refletir meus sentimentos e responsabilidades.
Mas no começo eram só eu e meu assistente num escritório pequeno.
O plano era produzir a série “Rebuild of Evangelion” alugando o espaço de outro estúdio de animação. Mas, com esse apoio, o fluxo natural foi criar uma empresa de produção de vídeo com um estúdio de produção.
Isso foi em 2006.
Resignação antes da fundação da KHARA. Despedida como funcionário em 2007.
Quando eu decidi sair da Gainax, antes de criar a Khara, eu desisti da posição de diretor executivo. O presidente Yamaga me pediu pra ficar como funcionário normal para não cortar as relações, e eu fiquei, mas em 2007 não havia mais motivo para isso e então saí da empresa.
Foi imediatamente aceito que eu fizesse Evangelion fora da Gainax pois “Eva é Anno”. Deixaram claro que eu era o escritor de Evangelion e que receberia royalties, tudo foi conversado e decidido.
A administração dos direitos autorais e a comercialização ficaram com a Gainax.
Na época, a Khara não tinha muitos membros e o responsável pelos direitos na Gainax sabia muito sobre a obra. Como a Gainax ganharia Royalties e taxas, era uma situação de vitória para ambos os lados.
Depois disso, Khara produziu “Rebuild of Evangelion” com investimentos e distribuição próprios. Durante a produção do segundo filme, em 2008, a relação entre as empresas começou a mudar. A direção interna da Gainax mudou e a porcentagem de lucro que Eva trazia à Gainax diminuiu. Mesmo assim o dinheiro de Eva continuou indo para Gainax.
A propósito, a partir de 2012, o pagamento de royalties para a Khara começou a estagnar, houveram consultas sobre parcelar o pagamento. O presidente Yamaga e o Diretor executivo Yasuhiro Takeda vieram pessoalmente até nossa empresa e aceitaram a proposta.
A propósito, os royalties pagos à Khara eram apenas aos da minha criação em relação a Eva. Distribuição e royalties de obras que eu dirigi como “Gunbuster” e “Nadia: The secret of Blue Water” não foram permitidos e de obras produzidas em outras empresas, como “Love & Pop”, continuaram indo para Gainax.
Então, em 2014, me pediram mais empréstimos.
“Só nos resta falir”.
Eles já me deviam muito dinheiro, mas Takeda me pediu para “emprestar 100 milhões de ienes em 3 dias”. Ele me disse “só nos resta falir” e tive de correr para arranjar 100 milhões.
Achei perigoso deixar os direitos de Eva numa empresa com essa administração e adiantei um ano na transferência dos royalties que estavam sob custódia da Gainax como condição do empréstimo.
Originalmente, era para voltarem para Khara em passos, a pedidos da Gainax. Tirando essa condição, não haveriam juros ou colaterais contanto que devolvessem como planejado.
Foi uma decisão inacreditável emprestar dinheiro nessas condições que eu até me perguntei “que tipo de empresário faz isso?”. Mas era meu colega dos tempos de escola, e eu queria ajudar uma empresa em apuros, como alguém que faz parte da indústria de animação. Também estaria devolvendo à empresa que cuidou de mim por tanto tempo.
Eu mencionei ao presidente Yamaga e ao Diretor Takeda que, quando os negócios estiverem mais calmos, planejava comprar os direitos de obras que a equipe da Khara tinha bastante envolvimento, como Gunbuster, Diebuster e FLCL em 2014. Nessas condições, seria difícil para a Gainax criar uma nova obra, então também pensava no futuro dessas obras.
Inicialmente, Yamaga estava satisfeito e estávamos discutindo as condições da compra, quando de repente, ele me pediu 6 vezes o preço original.
Não haviam motivos convincentes para aumentar o preço e enquanto nós estávamos confusos, a conversa ficou cada vez mais vaga e em 2015, os direitos das 3 obras foram vendidos para outras empresas. Em maio desse mesmo ano, ouvi que a Gainax teve uma intervenção bancária, e um reajuste de funcionários em grande escala e precisavam de dinheiro mais do que nunca, então devem ter vendido por um preço maior para outra empresa. Acho que priorizaram o dinheiro em vez do desenvolvimento da obra e sentimentos da equipe.
Outras obras que eu não tive envolvimento também foram vendidas em 2014.
Quando começaram a se desfazer dos direitos, eu senti que era necessário entender a situação financeira da Gainax e pedi diversas vezes para que me mostrarem a situação e um plano de pagamento. Dependendo da situação, era necessário suspender pagamentos ou dar maior apoio financeiro.
Entretanto, eles apenas respondiam “não há problemas administrativos e pagaremos conforme planejado”.
A estagnação repentina dos pagamentos da Gainax
E foram nessas condições que, em 2015, a empresa Fukushima Gainax (atual Gaina) foi fundada sem que soubéssemos. Era inicialmente uma subsidiária completa da Gainax, mas de repente o presidente Yoshinori Asao recebeu todas as ações e o relacionamento capital foi desfeito, tornando-se uma empresa separada.
Era uma empresa que não tinha nenhuma relação com Eva, usando o nome Gainax. Porém, Fukushima Gainax começou a se portar de modo com que as pessoas associassem seu nome a EVA.
Quando a Gainax causou problemas, a Fukushima Gainax se pronunciou: “não temos relações de capital com a Gainax e temos uma administração completamente independente”. Eu acho que se esse é o caso, vocês deveriam ter tirado o nome Gainax ao se tornarem independentes.
Atualmente, estão sob outra empresa ainda mais distante de tudo, com seu novo estranho nome, “Gaina”.
E em Abril de 2016, os pagamentos da Gainax pararam repentinamente. Não haviam respostas ao pedirmos explicações, nem mensagens ou telefonemas do presidente Yamaga. E assim, várias empresas usando o nome Gainax começaram a aparecer em todo o Japão.
Pouco antes da fundação da subsidiária Fukushima Gainax, em maio de 2014, Yonago Gainax foi fundada em Tottori. Em abril de 2016, GAINAX WEST em Hyogo e Julho do mesmo ano, Gainax Niigata em Niigata, sem nós sabermos de nada.
A propósito, isso é apenas algo que eu ouvi de notícias e pessoas relacionadas, mas o diretor executivo da GAINAX WEST causou problemas em um estabelecimento de anime em Kobe que ele mesmo havia produzido em 2017 e além de causar problemas aos envolvidos, acabou causando o fechamento do local. Quem usou o nome da Gainax e causou problemas era da Gainax na época, mas nessa situação proclamou não ter relações com ela.
“Estávamos investidos de corpo e alma e eu estava preocupado em preservarmos nossos trabalhos”
Os administradores da Gainax continuaram fundando novas empresas sob o nome Gainax e até ouvi histórias sobre vender para empresas estrangeiras.
Pesquisando mais a fundo, essa empresa perguntou “se nós comprarmos a Gainax, você vai fazer filmes para nós?”
Nessas condições, esperando os pagamentos da Gainax e os direitos de obras sendo vendidos para outras empresas, começamos a ficar cada vez mais preocupados com sua dissolução.
Mesmo que não houvesse nada que podíamos fazer sobre o dinheiro emprestado, estávamos preocupados com assegurar os documentos das obras que produzimos voluntariamente com nosso suor e sangue.
Tendo como objetivo impedir que esses documentos valiosos se perdessem, em 1 de agosto de 2016, movemos um sequestro de bens, ocorrido no dia 26 de agosto. Não havia outra opção, uma vez que não conseguíamos entrar em contato com o presidente Yamaga.
Após isso, mesmo após o sequestro, sem nenhum sinal de pagamento em vista do direito das obrigações, para impedir que os documentos e direitos se perdessem, não tivemos opção a não ser processar pelo reembolso do pagamento, em 9 de setembro.
Não escolhemos este processo como meio de obter os direitos, mas pensando na Gainax, para não trazer o caso à tona. Tudo teria sido resolvido se o setor administrativo deles tivesse entrado em contato, porém a Gainax decidiu ir a julgamento, o que tornou o caso famoso por todo o país.
Esse caso foi decidido em 23 de junho de 2017, de forma unânime, a favor de Khara. Nisso, ficou claro que vários documentos de obras nas quais nós estávamos profundamente envolvidos foram vendidos para a Fukushima Gainax (atual Gaina). Isso tudo sem que as empresas e funcionarios envolvidos soubessem.
A propósito, esses documentos foram adquiridos pela Khara através do trabalho, tempo das pessoas e dinheiro investido, e com a aprovação das empresas envolvidas estão arquivados sob administração da ATAC.
“E foi nessa época que o suspeito do incidente criminoso foi nomeado presidente”
Em 30 de setembro de 2016, todos os funcionários do departamento de animação da Gainax tiveram seus contratos terminados e imediatamente transferidos para o Fukushima Gainax Tokyo Studio (atual Studio Gaina). Todo o apoio que oferecemos a Gainax até hoje se perdeu. Em novembro do mesmo ano, Gainax Kyoto foi fundada em Kyoto.
Fazem mais de 3 anos que os pagamentos da Gainax para Khara foram parados. Ainda não recebemos nenhuma mensagem, explicação ou pedido de desculpas.
Então, em Outubro de 2019, alguém que eu nunca vi ou tampouco sabia o histórico virou o maior acionista e presidente da Gainax. Até que, em dezembro, se tornou suspeito de um crime.
Quem trouxe esse indivíduo, o entregou ações e fez dele presidente não é ninguém menos que o setor administrativo daquela época. Não só com a administração da empresa, mas até em casos como este, os empresários não se responsabilizam nem por eles mesmos, nem pelos funcionários, obras ou empresas.
Isso vindo de pessoas que eu conheço desde os tempos de colégio, é lamentável.
Mas o pior de tudo é que nós provavelmente não voltaremos a ser como antes.
(Diretor e produtor, Hideaki Anno)
Mais uma vez agradeço ao Yohei e o Nintakun pela tradução e compilação das informações.
Uma situação foi percebida pelas fãs recentemente depois da situação envolvendo o presidente da Gainax e dessa entrevista de Hideaki Anno que talvez seja uma das formas encontradas para desvincular Eva da Gainax. Evangelion está sendo retransmitido na TV e o logotipo da Gainax foi retirado da abertura e do encerramento dos episódios, confira na comparação abaixo: