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Para o primeiro, vamos com o depoimento de Miguel Alamino, a pessoa que me inspirou a criar essa seção:
“Como me senti assistindo Evangelion?”
É uma pergunta que me venho fazendo há algum tempo.
Me chamo Miguel Alamino, e a primeira vez que assisti a Neon Genesis Evangelion foi quando eu tinha 15 anos, em 2012. Na época, somente conhecia o anime pelas lutas de mecha e pela “fama” que Asuka e Rei tinham no mundo otaku. E então fui pego de surpresa, por uma série que não apenas era extremamente profunda, mas porque aborda uma questão que eu até hoje enfrento: depressão. Me identifiquei com esse rapaz tão conturbado chamado Shinji.
Lembro-me que assistir aos últimos episódios foi algo bem desafiador, e inclusive precisei parar por alguns dias para não ficar ainda mais mal (especialmente após a luta contra Armisael). The End of Evangelion foi ainda mais angustiante. Porém mesmo assim, foi uma obra que me despertou um fascínio enorme, tendo lido vários e vários textos sobre o anime.
E apesar de entender porque muitos odeiam NGE, principalmente Shinji Ikari, acho que é justamente esse mesmo personagem que torna o trabalho de Hideaki Anno tão especial. Afinal, mesmo me trazendo inúmeros gatilhos, Anno me ensinou que assim como Shinji e Asuka, podemos encontrar motivos para continuar seguindo em frente, nessa loucura chamada vida.
O que me traz para 2021, em que me vejo em um momento difícil da vida. Me formei, consegui entrar na faculdade, terminei o curso, e então me encontro desempregado e tendo saído de uma relação amorosa complicada. Justamente quando é anunciado o lançamento mundial de Thrice Upon a Time. Parece até que o senhor Anno gosta de tocar em minhas feridas rsrsrs.
Somente assisti ao Rebuild 1.11 e o 2.22, na época o terceiro filme havia acabado de ser lançado e não tinha encontrado algum arquivo com qualidade o suficiente e legendado. Havia sido de certo modo aliviante ver o que eu achava que parecia ser uma interpretação menos pessimista da história. Porém, tendo lido a respeito do 3.33 e com os spoilers que peguei de 3.0+1.0 (não resisti), confesso que estou com um pouco de angústia do que vou ver dia 6 de Agosto. Provavelmente não terei o final que gostaria, afinal Hideaki odeia o escapismo, mas sei que de uma forma ou de outra, ele irá me ensinar algo novo sobre a vida. E quem sabe, talvez, eu possa ver essas crianças que me apeguei tanto sendo finalmente felizes.
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